Páginas

terça-feira, 31 de março de 2015

Threesome feliz

Me, he, she.
De três vivia feliz.
Do, re, mi.
De semitom era infeliz.

Me, she, she.
De três era mais feliz.
Fan-ta-sy.
Só em sonho não era feliz.

Ela acordava pela manhã
E não sabia a quem beijar.
Um já em pé estava e já cozinhava
Ela acordava o outro como boa canceriana.
Um sorria com olhos castanhos e celebrava
O outro se espreguiçava sempre cansado
Cheio de mimos e adepto da insônia.

Ele acordava pela tarde e estava sozinho.
O café tinha esfriado e os outros dois estavam fugidos.
Do lado de fora o lago era gelado,
Mas tudo era do sol um grande desporto cansado.

Transavam nus no lago em apelo
E sem vergonha se mostravam ao observador terceiro
Threesome.

Threesome.
O seu olho era negro, e o cabelo comprido.
Ele era gêmeo.

À noite tinha canabis,
E a fogueira era discreta.
O repelente já era costume,
Pouca roupa e de quebra,
Lugar nenhum onde estavam.
Não era uma grande festa
Mas eles eram livres de certa forma.

Já era costume a segunda trazer vodka e perder o controle do peso
E o primeiro carregá-la pra dentro.
O terceiro nunca se enturmava, mas os amava por dentro.
O primeiro era o mais atencioso,
Mas a segunda era a cola grudenta.
O terceiro era o menos romântico, mas o mais privilegiado,
E o desatento primeiro o que mais amava
E a segunda sabia que ele estava mais sabendo
Que o terceiro nem ligava, preguiçoso, cheiroso e meio violento.
O primeiro era o mais completo, e era grande amigo do terceiro.
E a segunda era a mais satisfeita na cama, pros dois vivia cedendo.

Ô, tempos bons enquanto o terceiro não quebrava.
Ô, tempos bons enquanto a segunda não esquecia os planos.
Ô, tempo ruim, que o primeiro escreve sem realizar palavras que era só ele quem acreditara enfim.
Me, me, me.
Em realidade se finda o sonho.
Me, she, none.
Nobody believes in the threesome.

Veja também