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quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Terceira Carta de Larisse

Já perdi as contas de quantas vezes disse que te amo por mensagem de texto. Por todos os aplicativos que já inventaram. Com corações coloridos,alguns que pulsam,outros não,nas mais diversas cores e formas variadas de janelas de redes sociais. Que estranho este caminho que a gente encontrou pra dizer um pro outro que a nossa relação vai além do que a virtualidade permite. Quero te dizer,neste segundo,que te amo. Mas o que fazer se seus olhos insistem em se manter distantes dos meus,por conta da rotina caótica dos dias? Juro que até,mais uma vez,peguei o celular ontem mesmo pra mandar mais uma mensagem,mais resisti. Olhei pro céu e pensei em você,com toda a força do meu coração apaixonado. Quem me dera se os pensamentos me respondessem com aqueles alertas de mensagem recebida. Que eu tivesse certeza que as nuvens tinham levado o meu recado para você . Pelo visto,a única forma de dizer que te amo à distância é a frieza de um celular. Ainda que eu use a função quase descartada nos dias que se seguem,a ligação,não seria o suficiente. Não seria a mesma coisa do que ficar no calor dos teus braços. Então,faz assim: te mando agora este recado e a gente marca de se encontrar amanhã . Combinado? Ah,por sinal,antes que eu me esqueça,ainda que mesmo por rede- te amo ❤️

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Those who named the wizard a charmer they are the lost ones...

Depressão pós-porre

A vida parece diferente depois do seu primeiro porre. Para os mais reflexivos, o porre é um aglomerado de indícios para realizar uma autoanálise de personalidade. As drogas não mudam você, elas potencializam seus impulsos. E seus impulsos são a sua guerra interior. Existem diversos marcos na sua vida que você pode parar e pensar: "a partir daqui, agirei diferente". Dependendo do acúmulo de informações que você possuía antes do porre, o pós-porre será muito produtivo para você. Se eu precisava chorar, chorei. E agora aprendi a chorar quando preciso.
Porres, como tudo que acontece, uma lição de vida.

sábado, 8 de agosto de 2015

Fumantes

Os signos divagam sobre seus cigarros,
Enquanto o Leão fuma para saciar seus problemas do interior
O Escorpião fuma para saciar as vontades do cigarro
E o Câncer para tomar para si as dores do seu amor.

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Strenght

To be happy in the rain
When the sun is not here anymore
It's difficult to put our scars to drain
When the heat has abandoned

The calls of God can't be heard
And the prays you pray don't longer make sense...

Beat the rain out
Use your rage
With your own hands
Beat the rain out
With your own hands

Noose the sun
Hurry up,
You gotta pass over your doom
Noose the sun
Hurry up,
You gotta pass over your doom

To be happy in the night
When the moon can't be seen
It's difficult to put a smile in our faces
'Cause there's no light
Up in the skies!

Beat the night out
Use your rage
Run the town
Run your heart

Noose the moon
Hurry up
You gotta pass over your doom
Noose the sun
Turn the night
Upside down

O Leãozinho


Gosto muito de te ver, leãozinho
Caminhando sob o sol
Gosto muito de você, leãozinho

Para desentristecer, leãozinho
O meu coração tão só
Basta eu encontrar você no caminho

Um filhote de leão, raio da manhã
Arrastando o meu olhar como um ímã
O meu coração é o sol, pai de toda cor
Quando ele lhe doura a pele ao léu

Gosto de te ver ao sol, leãozinho
De te ver entrar no mar
Tua pele, tua luz, tua juba

Gosto de ficar ao sol, leãozinho
De molhar minha juba
De estar perto de você e entrar no mar

Composição: Caetano Veloso

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Alter

Se instalam todos os outros
De uma vez por todas
Subitamente num dia só
Te fazem de boneco
Te adentram e tu gostas

Que dizer de ti se não que és doente
Um terço de ti tu nem conheces
E te fazes de feliz de deixar-lhes conscientes
Que fazes agora quando não mais te pertences?

Te aviso que impeça antes que não possa
Pois hora não pode mais controlar
E te torna apenas outro Alter
Como um outro qualquer
Como algo que não vai mais dizer andar
E andar com as pernas próprias.

Entorno de fantasia pequena
Se faz grande movimentação interna
Brincas enquanto e depois te perdes
E não me pedes pra te encontrar.

Leonardo.

Outubro no Horizonte

Então é Agosto,
Reinado por leoezinhos,
Repleto de dívidas,
Medo dos erros,
Heroísmo.

Já posso sentir o cheiro
Outubro já chega...
Somente dois signos à frente,
Enquanto vem o verão.
Outubro é o meu berço.

Já vem, lá de longe,
Com o cheiro de todos os amores,
Com a tristeza das marcas,
Com os prometidos dias melhores.

Venha logo,
Esperado mês de aniversário!
Te espero com flores,
Com promessas e dores
Te espero parar curar meus medos,
Minhas memórias, meus anseios,
Chega e me cobre,
E me deita no teu ombro
Que preciso de tu,
Ó, mês tão nobre!

Já vem, lá de longe,
Com o cheiro de todos os amores,
Com a tristeza das marcas,
Com os prometidos dias melhores.

Vem, Outubro...
Vem e me acolhe.

Ême

Me deprecio observando teus dizeres
Existem sempre textos melhores
Tu és um grande tolo prepotente
Tentando fazer de si poeta,
Uma total falta de vergonha na cara,
Versos e títulos e cópias baratas.

Um grande fingimento,
Um teatro de troca,
É visível que sofres de superficialidade.
Porque?
Trocastes teu Sol pela tua Lua.
Tens consciência da estupidez,
Se é bonita, não é obra tua.

Não te cansas de tanta falação,
Ou não aguenta a tentação de tentar
Ser um maior, ser o melhor,
E não te envergonhas de falhar?

Todo poema teu é uma falha.
Te deixas na praia,
Numa ilha deserta
Aproveita, melhora ou nem volta.

♑♡

Irresistivel

É irresistível,
O gosto de uma fritura,
Uma boa conversa
Sobre literatura.

É irresistível
O seu lábio molhado,
O cara do almoxarifado,
A vingança oportuna,
O beijo roubado,
Uma viagem de bondinho
Quando no Corcovado.

É irresistível
O teu abraço
O desistir no cansaço
Um copo d'água no mormaço.

É irresistível
Te elogiar sem embaraço,
Te pegar nos braços,
Te levar à cama
No calor da embriaguez,
No meio do amaço.

É irresistível
Dar a uma criança uma boneca,
Almoçar e tirar uma soneca,
Uma folha em branco e uma caneta,
Um pouco de rum numa caneca,
O cheiro do café, o teu chamar
O cheiro, o gosto da sua boceta,
O teu molhar nos meus dedos,
O teu melado entre as pernas,
Tudo do teu calor,
O sugar do teu suor,
O sugar das tuas gotas...
O teu buraco...
Te estuprar,
Te encher de todos os jeitos
Me olhas, te perfuro,
Te fazer gozar,
É irresistível,
É essencial,
É desprezível
Te provar pouco
Te encher pouco
Te dou mais
Te como tanto
De graça
Em qualquer lugar da casa
Porque te amo, porque te possuo,
Porque te gosto, por mais te engulo,
Te roço, te adubo
Se tu vens
Contigo faço tudo.

É irresistível
Começar um texto e não te assediar
E em muitas linhas te explorar
No meu delírio, vou recomeçar
Vou fazer, vou te respirar
Porque é irresistível.
Irresistível não te falar.

Conto das Grandes Orgias

O desenho da palavra é lento,
Tenho por tomar o lápis em pressa,
E assim o faço imperfeito.

O verso é uma peça,
Cujo qual se contorna
Para que fique bonito,

Mostra tudo após a nona taça,
Tudo num texto,
Numa overdose sem missa,
Num conto torto,
Repleto de verdades e remorso,
Cheio de listas,
Cheio de pontas soltas,
De grosserias e todo o resto.

A conclusão do poema é sensível,
Amostra de muitas magias,
Revelação de segredos,
Lembrança da tentação que fora irresistível,
O Conto das Grandes Orgias.

Te amo, te quero, te temo.

Insígnias

Áries

Tudo vem, tudo vai.
Tudo bem, tudo mal.
Tudo tem, tudo falta.
Tudo sobe, tudo cai.
Tudo quero, ponto final.

Touro

Hum,
Não.
Um qualquer, outro.
Mas que saco.
Vem, vai, tudo pronto.
Minha casa, meu dinheiro.

Gêmeos

Primeiramente tudo passa,
Volta outra hora,
Te tenho um sorriso.
De tudo por trás,
Nada lhe interessa.

Câncer

Ficarei, se quiseres.
Se não, ficarei também.

Leão

E brilharei, imenso,
E tu me rodearás.
Me seguirão até o fim,
Nos vales da poeira baixa,
Nos pântanos da neblina densa.

Virgem

Pois vou e penso,
Se não tem como,
Repenso.
Se tens um ou outro,
O melhor é pouco.
Pois paro e penso,
Se não tem como,
Crio modo outro.

Libra

Se pensar bem,
Dá.
Se pensar direito,
Acontece,
A gente ajeita,
Sempre existe um jeito.

Escorpião

Melhor não.

Sagitário

Ao horizonte,
Pra sempre,
Avante!

Capricórnio

Dois milhões,
Em trinta,
Talvez cinquenta anos.
O que se faz com cifrões?
Eu sei,
Concordo, sempre se ajeita.

Aquário

Todos se movimentarão além,
E o mar em gemidos levantará.
A união faz a força,
A totalidade é o bem.

Peixes

...

Uma hora tudo se transforma em casa.

Dores

Quantos tempos se vão na dor?
Numa atitude singela,
De flash de lanterna que falha,
A vida é do ator,
Que mesmo na pior
Engole o choro, sorri e entra em cena.

Meu coração não é assim,
Minha cabeça pouco aguenta.
Não te quero tão mal, amor,
Me abraças que te seco quando choras,
Tu tens mais que eu,
Te assopro cada cisco nos olhos,
Não te afastas, te mostras,
Se te escondes, te quero em muros,
Cantando a todo mundo.

Coração, te ponho a prova,
Se aguenta e não te apavoras,
Nãos és de marfim.
És menos valioso,
Não tão negro,
Não tão rosa,

Meu coração não é assim,
Ele não aguenta
Não me acusas, amor,
Me abraças que eu seco quando choras,
Tu tens mais que eu,
Te assopro cada cisco nos olhos,
Não te afastas, te mostras,
Se te escondes, te quero em muros,
Cantando a todo mundo.

Te assopro cada cisco nos olhos,
Não te afastas, te mostras,
Se te escondes, te quero em muros,
Cantando a todos,
Te quero em muros,
Cantando a todo mundo.

Empírico

Aonde estão todas as cores?
Do preto me dirigi ao branco,
Do branco que não sequer posso alcançar.
Não se pode seguir de preto ao branco,
Da noite à manhã num único bradar.
A luta é muito mais longa e intensa.

Te tens da ignorância muita,
Farsas para se vangloriar.
Chamas o meu nome,
Mas a ti não posso escutar!
Vens a mim, com tanta pretensão,
Tu tens glória a que,
Vencestes de quem,
Para que com tanta ocorrência me viestes a chamar?
Tu postes todas esperanças em meu nome?
Não, antes te pões em teu lugar.

Sou de muito, de pouco, de tempo,
Sou atento, disperso, não sou porém lento,
Tu tens muito que aprender
E antes chamas o nome do Soberbo?

Onde está teu espírito?
Só vejo teu negro abismo,
Onde estás tua esperança?
Não a nomeastes, empírico, incapaz.
Eu que dizes que faço, que tenho,
Não te escuto, não te vejo,
Onde estás tua paixão, tua marca?
Onde estás tua maldade, teu karma?
Onde estás teu desejo, o fogo, a faca, o arco?

Tu, reles, contenta-te,
Te vigia, pois contigo ainda não ando,
Não te vejo, não te cheiro ou coisa qualquer,
Não, por enquanto sacia-te.
Te bastam Pedro, Lilian, Fernando.
Nem sequer te pertence Peter.

Pedido

Tímido, incômodo, leonino.
Te fazes direito em sinal de paz
Tu és imortal e influente,
Tomas teu conhaque, teu violino, chega e faz.

Tu tens pose, palavra,
Tu és tu e tu ninguém mais.
Tamanha posse de direitos,
Tu tens quem te apresenta, quem tudo te trazes.

Tu te passas, te entregas,
Tu te sentes, bens tu trazes... bens tu trazes.

Te colocas em paz,
Te ajeito um canto, com certeza.
Te colocas em paz.
Tiago, te faças logo, te podemos ver
Tiago, te colocas, nós imploramos...
Te colocas em paz.

Sou Uma Cômoda

Dói,
E sempre vai doer.

Meu cérebro grita,
Cansado de eu o moer,
Cansado assim como o teu
Estar cansada de ser.

Não há saída pra mim,
Eu fico por aqui.
Posso até me acostumar,
As paredes verdes,
O sol assim,
Tudo diferente,
Mas eu me ajeito.
Tudo se ajeita,
Um dia vemos que é certo.
Tudo uma hora vira casa.

Você pode me visitar
Com vinho e um buquê.
Sempre irá poder retornar
A me perguntar o porquê.

Não há mais saída pra mim,
Eu fico por aqui.
Posso até me acostumar,
As paredes verdes
E o sol assim.
Tudo diferente...

Bagunça

Para falar de coisas por sorteio
Tenho me saído bem,
Mas pessoalmente tenho sido ácido.
Mãos, calos, feridas,
O que mais tem?
É o passar do tempo que torna tudo cálido.

Eu tenho estado sem jeito.
Agora quero muito arrumar.
Agora quero terminar...

Para falar de coisas aleatórias
Tenho cartas, blogs, amores de sobra,
Eu quero arrumar o que tem dentro.
Amor, me perdoa,
Na sombra da palmeira na praia,
No despir da tua saia,
No banho, na água, no abraço salgado,
Na avidez do embargo,
O perfume na carta,
O sentimento de ontem,
A dor do amanhã,
O sal, o açúcar, o mel e o limão...
O querer e o perdão,
Você não é a vilã,
E o sentimento se esquece de tanto
O tudo de agora,
O sentimento de ontem,
A dor do amanhã...
Não
Não tem perdão...

Eu tenho estado sem jeito
Agora quero muito arrumar...
Está bagunçado assim,
O meu coraçãozinho...
Em profundos desafios,
Vamos deixar pra amanhã?
Eu queria estar
Queria estar rodeado de ti...
Mas hoje não vai mais dar,
E nem amanhã, temos outros compromissos
E está bagunçado assim...
Podemos arrumar juntos?

Depois das 3

Não me mantenha acordado mais
Depois das 3 é sempre pior
Não me tenha pra você nunca mais
Depois das 6 desligue o som
Vai ser ainda pior
Depois das 9 a minha dor aumenta
Você sabe que de nós dois
Eu sou ainda pior

Não me ligue
Ao chegar da noite
Prefiro de você
O declarar de mil auto-falantes

Me embarace o quanto quiser, meu amor,
Ao fim de tudo o teu semblante
Vai me retirar da tua aura porque sorri
Porque eu te amo

Mas não fique até depois das 3
Pois é tudo tão mais dolorido
Quando vêm à tona
É uma maratona de infelicidade à dois
E tu tens melhor antes das 3

Não me ligue
Ao chegar da noite
Prefiro de você
Declarações de mil auto-falantes

Me desfaça o quanto puder, amor,
Ao fim de tudo ainda sou amante
De cada detalhe e falo por tudo
Porque eu te amo

Mas volte depois
Porque a partir das 3
Acaba o ânimo
Volta depois
Ao começo do ano
A partir das 3
Não me garanto...

Não me ligue
Ao chegar da noite
Prefiro de você, de dia
O declarar de mil auto-falantes

sábado, 1 de agosto de 2015

A Chegada de Tiago

Tiago,
Soberbo iluminado.
Bens seja recebido, com pompas,
Tenho indícios de que serás bem colocado.

Não te aflijas de alguns outros
Estes que ainda nem foram nomeados,
Sujos, cheios de vícios, amaldiçoados.
Com o tempo tu te destacarás,
Pois tu és Tiago, o Soberbo Iluminado,
Nascido no dia 1º de Agosto,
Para nos trazer as luzes de Apolo.

Este Relicário espera teu ego.
Este Relicário espera-te atento.
Tu és Tiago, o Soberbo Iluminado,
E nós, o Povo, já somos prontos para ter-te.
Te veremos, pois é tempo,
E nos alegremos, pois tu eras muito esperado.

"Deste mundo não se leva nada, vamos sorrir e cantar"

Combinações de Primeiro Grau

Pão caseiro combina com nata,
Pão francês combina com presunto.
Pão fatiado combina com queijo,
Pão de queijo combina com café,
Assim como os cigarros.

Horizontes, Neblina.

Bloqueias incessantemente o que te faz mal
Mas corres atrás do que não podes excluir
Meu blog, minhas cartas, meus textos
É tudo uma grande fachada.
Não nos vemos, conhecemos ou sequer sabemos
Que fim irá levar, que coração irá rachar
Sonhos de cobras sufocado uns aos outros
Este é o mundo em que vivemos.
Nada é certo, mas nada é incerto com certeza.
Nada é mundano, mas tudo que nos rodeia o é
Isso é tudo que aqui conheceremos.

De Trás Pra Frente

A começar não sou assim tão mal
Tento, por exemplo, no intento de acabar com tal,
Deparando-me na inconformidade de não conseguir por imediato,
E me perco no vau da turbulência do mesmo, então,
Não me tenha por tão mal caracterizado,
Se por algum dia já consigo não mais ser tão vil,
Hoje me sinto depressivo por ter causado o mesmo desagrado,
O mesmo que julgas, o mesmo que contraístes em ânsias, afinal
Quando não entendias, não entendia eu também
Se por um momento te tinha, por outro por isso sofria,
E no final nada mais me pertencia.

Escravo, bobo ou surto de consciência?
Não sei, e o passado já não se justifica.
Foi um furto de moralidade e decência,
Mas aconteceu e remediação apenas
Agora ou no futuro se apresenta.

Ciúmes

Os ciúmes são incoerentes
Sou taxado de futuro possessivo
Enquanto só o sinto entrementes.

Meus ciúmes existem para causar dor
Nada mais.
O sinto de quem não me pertence
E apenas por quem queria que me sentisse amor.

Em toda minha história não me lembro
De tal momento infame no qual não tive,
Quis, e fiquei por isso mesmo.

Este então se mostra o momento, finalmente,
De deixar a vaidade e seguir em frente.
Por isso deixo entrementes.
Ou morrem os ciúmes incoerentes
Ou se mostrem alguma vez as malditas provas inerentes.

É preto ou é branco
Ou se mostra a mentirosa falácia enfim
Ou tu algo a mim e vice-e-versa nos pertence.

Meus Textos

Por final,
Tão simples quanto a pergunta é falha
Não sou adulto e sou uma farsa.
Também textos meus se confundem,
Misturam e disfarçam.
Alguns a mim, alguns a outros,
E entre tantos,
Prefiro que fiquem menos claros.
Não são de todos
Não todos
Apenas alguns.

Porque não me enfia logo uma faca, antes do anúncio?

Maciço

É um certo tipo de preocupação
Sem ser ocupação
Sem ser opaco
Sem ser simples

É um certo tipo de amor
Sem ser razoável
Sem ser difícil
Sem ser simples

É um certo tipo de mensagem
Sem ser romântico
Sem ser paterno

Um certo tipo de carinho
Sem ser amante
Sem ser patético

Um tipo de necessidade
De ter por perto
De ser eterno

Uma desconfiança
De que não acaba
Nem se apaga
Com o tempo

É um certo querer inconformado
Um amor danado
Em nós confusos, cafonas
Sem ser banalizado
Funciona, opera

É um certo tipo de mensagem
Sem ser romântico
Sem ser paterno

Um certo tipo de carinho
Sem ser amante
Sem ser patético

Não é Pop

Já se foi o tempo
Em que tu fazia-te de pop
Adota teu termo
Que seja punk, que seja qualquer rock
Tens uma cara de mpb,
Mas tanto desanima que não serve pra acústico
Não te porias neste dvd.
Atiça mais tua vontade, garoto
E fazes o que deves.
Que deves não sei, mas procura teu vocabulário.
Fazes o que deves,
Que deves não sei e tu não sabes,
Mas este és teu relicário.
Não o encha de desvirtudes,
Cuida teus hábitos.

Cobre-te de bondade

Porque choras, anjinho?
Quem te fizeste este mal?
Lembra-te de mim, teu amigo?
Estou sempre aqui contigo.
Não chores, anjo,
Pois tu tens abrigo.

Tudo que levas nesta vida é passageiro,
E um dia tudo debanda de teu coração.
Cada palavra, cada abraço, cada ofensa,
Não te leves de rancor ou depressão,
Faça-te mais e mais até que beire
A felicidade está à distância do portão
Enquanto andas neste cemitério
Bebes das águas sujas e dos monstros sem critério
Alguém te guia, anjo, até o portão.

Não te desvincules da tua bondade
Faça por amor mais do que por maldade
Não te culpes tanto dos erros,
Do que causastes.
Lembra-te que todo dia é uma nova chance
Lembra-te de cada nova oportunidade,
De que quem repete o erro consciente
É vítima de vaidade.
Não sejas leviano, anjo,
Cobre-te de bondade.

Seja bem-vinda de volta, vontade de morrer.

Despedaçar Antes de Unir

Deixa-te pensar sobre mim,
Porque já provastes do ascendente ao âmago,
Porque já conhecestes Lua e estômago,
Da garganta ao esôfago
Deixa-te por mais tempo pensar.
Pensa, ponteiro do relógio, passa.

Não morreremos.

A cada texto uma nova linha
Abrevia o nosso ponto de conhecermos
Um tópico aqui, um ódio, um viva.
Um eu te amo, um eu te odeio,
Um sol ardente, uma lua cheia,
Um dia nublado e um eclipse no céu de sempre.

Mas nós não morreremos.

Mais uma semana, duas.
Talvez um dia de textos definitivos.
Não me toques, quero textos.
As Mil Mortes de Talita.

Pega toda a incerteza,
Pega todo o sentimento,
Segura firme e depois fatia.
Dois ou três versos,
Quatro pro mais incerto.
Cinco quando morres de agonia.

Nós não morreremos.
Mas é impossível dizer quando acontecerá o inevitável,
Talvez nem nos conhecemos.
Poemas, textos, picadeiro de enigmas.

Quem nós somos?
Nícolas, Miguel, Lilian ou Matheus,
Que tens Alice, Talita ou Maria?
Já não gosto de tocar-te o nome, Isabel.
Mas quando poderemos findar o incerto
Prontos estaremos para tocar o seio.

É da Minha Índole

É da minha índole
Tudo o que me interessa
Minhas preces secretas
Minhas vontades secas
Meus términos de sexta
Meus amores de sábado
E de madrugada as festas.

É da minha índole
Amar, amar e enlouquecer.
Se fazer de cego,
E amar mais de uma vez.
E amar muitos ao mesmo tempo,
É da minha índole,
É do meu patrono,

Meu coração é uma rampa íngreme
Se acumulam os privilegiados em cima
Sobrepostos tardiamente vão abaixo
Ser podre, essa é minha índole.

Não é da Minha Índole

Faz muito tempo que não sou rei
Porque descobri outro maior
Faz muito tempo que não sei quem sou
Porque sinto coisas além da dor

E tu tem me sido objeto de pesquisa
Porque não entendo o que se passa
Que sinto, que ciúmes é este,
No que isto se finda?

Te tenho tantas coisas a dizer
Algumas tenho vergonha
E nada é da minha índole,
Dúvidas, possessão, medo,
A cegonha que me trouxe
Não especificou isso na etiqueta.

Sangrei meu dedo
Fazendo pactos com o demônio
Me voltando a Deus
Me pus curativos
Falando com espíritos
Me pus dúvidas
Crendo em signos
Me pus certezas tortas
Crendo em ti
Me pus o desconhecido

Tanto que falando de Alice
Sempre escrevo mais bonito
Mesmo às vezes eu mais querendo dizer
Falo mais do que rimo

Não sei se te toca
Eu sinto ciúmes e vergonha
E isto não é da minha índole,
Dúvidas, possessão, medo.
A cegonha que mandaram
Não dizia nada disso no rótulo.

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