A realidade
é engraçada e dramática
Nem
disfarça a sacanagem que é
E de tão
desgraçada ao mesmo tempo
Mesclo o
cair ao girar da apreciadora de balé
Estar em
casa apreciando música
Raciocinando
ou discutindo lúdicos pontos de vista diversos
Eu sei que
não deveria ter pena
Mas choro
na cena em que o cachorro fica preso do lado de fora
Decorro em
meus versos
E nada mais
ninguém espera
Nada mais é
agonia tão intensa que pensa minha mãe
Eu estar em
decadência
Todas as
coisas que aconteceram na última semana
Me fazem
perder o controle da estrutura do texto
Escrevo e
nem sei o que mais estou dizendo
Mas eu fiz,
eu fiz tudo, juro que não foi minha culpa,
Eu to
procurando me redimir de ser uma criança,
Finda meu
mimo, Gaia, Mãe Natureza.
E eu estou
sentimental.
E eu quero
retomar alguns laços,
Com a
tesoura pronta pra fagulhar
Cortes
fugazes
Enlace
banal
Está um
verdadeiro omelete de sentimentos o escrito
Assim como
minha cabeça virou um circo
Só falo
merda, assim como é a realidade
Pedi na
minha carta que só não maldissessem minha sanidade
Mas talvez
ela esteja corrompida, no brilho da faca
No desejo
da batida parada,
E a
preocupação finda, mas não a penalidade eterna,
E o
pagamento é da eterna chibata
Nas mãos de
Lúcifer...
Nas mãos de
um anjo caído.
Afio o gume
da faca e mantenho os metais polidos
Nada mais.
Vou esperar
e ver.
Até que não
é tão ruim assim, mesmo sendo.
Nada faz
sentido
Omelete de
sentimentos.
Não é o que
eu precisava escrever,
Era o que
eu queria.
Não era o
que eu queria dizer,
Era o que
eu precisava.