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terça-feira, 31 de março de 2015

Texto egoísta que ninguém quer ler nº 1000

A realidade é engraçada e dramática
Nem disfarça a sacanagem que é
E de tão desgraçada ao mesmo tempo
Mesclo o cair ao girar da apreciadora de balé

Estar em casa apreciando música
Raciocinando ou discutindo lúdicos pontos de vista diversos
Eu sei que não deveria ter pena
Mas choro na cena em que o cachorro fica preso do lado de fora
Decorro em meus versos
E nada mais ninguém espera
Nada mais é agonia tão intensa que pensa minha mãe
Eu estar em decadência
Todas as coisas que aconteceram na última semana
Me fazem perder o controle da estrutura do texto
Escrevo e nem sei o que mais estou dizendo
Mas eu fiz, eu fiz tudo, juro que não foi minha culpa,
Eu to procurando me redimir de ser uma criança,
Finda meu mimo, Gaia, Mãe Natureza.

E eu estou sentimental.
E eu quero retomar alguns laços,
Com a tesoura pronta pra fagulhar
Cortes fugazes
Enlace banal

Está um verdadeiro omelete de sentimentos o escrito
Assim como minha cabeça virou um circo
Só falo merda, assim como é a realidade
Pedi na minha carta que só não maldissessem minha sanidade
Mas talvez ela esteja corrompida, no brilho da faca
No desejo da batida parada,
E a preocupação finda, mas não a penalidade eterna,
E o pagamento é da eterna chibata
Nas mãos de Lúcifer...
Nas mãos de um anjo caído.
Afio o gume da faca e mantenho os metais polidos
Nada mais.
Vou esperar e ver.
Até que não é tão ruim assim, mesmo sendo.
Nada faz sentido
Omelete de sentimentos.
Não é o que eu precisava escrever,
Era o que eu queria.
Não era o que eu queria dizer,
Era o que eu precisava.

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