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terça-feira, 9 de junho de 2015

O Ano da Cabra

Calmaria externa
Sentimentos controversos
O ano da cabra trouxe a paz
Que ninguém encontra no mundo inverso

Se instala uma crise econômica
Refletida nos preços altos para se alcançar algum prazer
Ninguém percebe, será, que nada faz sentido
Se alguém comprasse algo barato, não haveria trabalho ou afazer
E que afazer seria prazeroso, se não tivesse recompensa
Se não tivesse balança ou moeda de escambo
Uma economia anêmica

Shake de sentimentos

Se instala uma crise interna
Dentro de cada ser humano que se vê impotente
E que se revolta contra a própria calmaria
O que iremos fazer?
Se é preciso ser valente, de que vale o fraco e a vadia?
De que vale neste mundo qualquer ganho
Quando a pós-vida nos tira todo ouro, toda fadiga

O que se deve procurar?
Algum trocado, alguma mania, algum prazer escondido
Buscar a calmaria
Se tornar buda, se tornar anemia
A própria decadência infernal, em todos os lados
Em todos os cantos
Meu Deus, o que é este mundo?
E cada mendigo, e cada ser maléfico, e cada karma incerto
O que viemos fazer nesse mundo?

O Ano da Cabra é a crise econômica
E o seu disfarce é a calmaria.

Este ano é um câncer
Não é um signo ocidental
É um sinal de tortura
Uma tortura interna
Uma calmaria aparente
Uma crise gritante
Uma ferida que cicatriza lerda

O que será do ano que está por vir?
Progresso e aprendizado, e nunca um não para novas coisinhas
O Ano do Macaco que se foda
E esta merda que vivo rodeado de mesquinharias?

Grande desperdício de tempo
Escrever um texto que não faz sentido
Como o meio no qual estou inserido

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