Páginas

domingo, 8 de outubro de 2017

About To Come

I will ride you
Psychedelically
I will navigate
Your seven seas

You can't escape
My charming nails
Crave for it until it's late
Let it walk your trails

Can you breath
With all this Sun
Over your face?
I wonder how'd you live
Only browsing the surface

All what's underneath
It isn't out of your reach
Please put out your hands
Put it inside it
Delve until you find some peace

White in front of your eyes
It was inside of your mind
This whole goddamn time

White in front of your eyes
Cloudy
Let me take you higher
Finally

But I won't let you come
Not so fast so I can crack your bones
So your chest run out of air
I won't let you come
If you don't get as far away from here as possible
As deep as my tongue can pronounce
As inside as is there space to be
As I bounce as gravity allows
As is there space to be

As any wonderful possibility
Can you breath
With a bomb exploding between your teeth
Can you chew it
As it lingers?

I won't let you come
Until the end of the world comes
It's going to be held by my fingers
From the skin to the core
Foam so I know you're about to lose the grip
But I won't let you leave

And so it goes
As far away as a poem can grow
How could you know
If it is my typing that writes it
You are under my control

And I won't let you come
I won't
And so it goes
Forever on
As long as it's good but about to hurt
And so we go
All life long

Freedom

Come here
Next to me
Let me feel
Your heat

Chain me down
Fuck me up

Freedom
All I Want
Freedom
All I Want

Tease me
No more
You like me
I know

You love me
Well I don't

Won't you beat me purple
Won't you fucking touch me
Won't you love me, won't you want me?

Freedom
I love ya
Freedom
All I want

You love me
And I don't

Freedom
All I want
Freedom
All I have

I know you love me
But I can't love myself

Freedom
All I need
Kingdom
Of filth
All I have

And I know you love me
But I can't love myself
And I know you love me
I can't live with myself

Freedom
Oh, I want
Freedom,
just don't
leave me alone...

Dark ain't my home.
Flashing lights on my frowned forehead of boredom
Flower dresses as a garden of hope
You are not
You are not such thing, darling
So just don't
Don't dare to shine on me the lights of your despair
Cause I won't mistake it for
Whatever you need to go on
I won't wonder your beautifulness
Cause your nature crown ain't nothing but thorns

Freedom
All I want
Things you don't offer

I won't love myself
And freedom's something I've already lost

Análise do Ridículo

Deuses gregos dançando,
bundas do lado.

Ainda há esperança no funk,
ainda encontro amante
antes do fim
da próxima noite.

Cinco esquemas
e eu quase um edema,
uma ameba sem molejo,
uma lagartixa.

Corpos ébrios,
bundas a rebolar.
Flertam com meus cabelos
mas não querem me provar.

Sem álcool não tem como se lançar
no ridículo,
mas se você parar pra pensar,
mais ridículo
era eu lá no canto,
sem sequer um canto.
Voltei sem contos pra contar.

Mas ainda tem esperança no funk,
ainda tem carne nas maçãs saborosas
na visão que tenho do limiar.

Ainda existe samba pra eu cantar,
e ainda vem alguém pra escutar.

sábado, 7 de outubro de 2017

Textos Corriqueiros

Escrevi alguns textos corriqueiros
que ficaram melhores
que os meus primeiros.

Como é que eu me chamo poeta
se não sei versar?

Como é que eu encho microbiografias
de writer, escritor, cult-compositor,
se sou inútil, amor?
É o que sou.

Quero um vídeo de youtube,
um cigarro de faz de contas
e uma declaração de amor.

Quero sumir sem ter de voltar
porque já sou meu próprio horror.
Quero rir sem ter de pensar,
"Meu deus, preciso mudar!"
porque quero me sentir inteiro.

Reli meus textos corriqueiros
e foi melhor
que nossos estranhos ponteiros;

Nosso imenso abismo de silêncio.

Gosto

Gosto do meu narcisismo,
como se fosse em mim
a possessão do próprio Narciso.

Gosto dos teus maneirismos,
do teu desprezo dos meus vícios,
do nosso antecipado nervosismo
e da vibração antes dos sinos.

Gosto do jeito tosco como somos ocos
antes de nos preenchermos
e então sermos um todo.

Gosto de você.

Óleo

Tem óleo na água
saindo do chuveiro,
acusam as bolhas.

Líquido nojento
pra eu beber;
um par de peitos
suculentos.

Eu vou enlouquecer,
já não aguento
meu próprio ser.

Todos os meus poros
suam ardendo,
azeitando meu cabelo,
pra refletir o asco
no meu rosto no espelho.

Um lápis de olho,
um banho lento,
tentativas inúteis
de me limpar,
pois estou sujo
por dentro.

Lembrança Sem Esmero

Escrevi teus traços na minha assinatura sem querer
tentando te esquecer.
Que curioso esperar o açúcar derreter na xícara,
você nos meus braços neste entardecer.

Não é um sinal dos tempos,
mas o céu vermelho me lembra você.

Lembra de todas as vezes que você tentou
me satisfazer?
Lembra do café morno,
teu gosto,
teu rosto com meu,
nosso encosto...

Teste de personalidade,
nossa cor é linda misturada.

Lembra de nós inferno?
Ainda assim eu quero.
Ainda assim eu quero.
Ridículo te espero,
assim como te quero.

Textos sem nenhum esmero,
gargalho lembrando do nosso sexo.
Queria você na minha fantasia
sem nenhuma poesia.

-Só a pele rasgando de tão macia...tua carne é uma delícia.
Tua existência vazia.

Sinto falta da tua companhia.

A Rima

Imagina a agonia
de um poeta
falhando na procura
de uma rima.

Sou eu lendo
no espelho
minha total
desarmonia.

Sou eu sendo
no meu dia-a-dia
tudo
menos alegria.

Imagina ela chegando, a rima.

Imagina ela me entrando,
imagina minha cara sendo linda.

Imagina meu cabelo sendo livre
e sendo bonita a minha poesia...

Vai Saber

Caralho!
O que tá acontecendo aqui?

Olha,
perdido nas tuas cobertas
a tua autoestima morta!

Caralho!
Vai se tratar.

Poema de letras e sons,
batuque do bom.
Enfia o pau inteiro --

Acende a luz.
Ah, CARALHO!

Poesia é o caralho.

Veja também