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sexta-feira, 30 de junho de 2017

MAIS VISTOS DE JUNHO

Olar novamente.

Hoje é dia 30, o mês de Junho está pra acabar e com ele ficam no passado 33 poemas e 3 postagens de poemas mais vistos, mas isso é uma porção muito pequena do acervo de todo o blog que no momento possui 300 publicações, 301 contando essa, ao contrário do que diz o Texto Egoísta Que Ninguém Quer Ler Nº 1000, que era apenas o 40º texto do blog.

Sem mais delongas, dou início à prática de postar o top 5 de poemas mais vistos do mês!


Número 5!

Doce do Limão - 23 de Junho

Este escrevi quando estava chateado com o número de visuaizações, convidando de forma um pouco maldosa quem lesse a continuar lendo todos os poemas do blog. Dá pra perceber que minha visão dos textos presentes aqui não é lá das melhores...
Visualizações em Junho: 36.


Número 4!

Pra Que Encarnar? - 16 de Junho

Ah, os títulos chamativos e exagerados... Me encanta o fato de que textos com títulos negativos tenham visualizações mais facilmente, só que não. Esse texto é original do dia 12 de Maio de 2016, e o teor pessimista dele foi muito suavizado, pois alterei o sentido da frase "pra que encarnar" (que originalmente se referia ao sentido de "pra que nascer", sou espírita afinal de contas) para "pra que se importar tanto".
Visualizações em Junho: 39.


Número 3!

Falsos E Verdadeiros - 25 de Junho

Por mais que pareça um texto de amor, isso é exatamente o que esse texto é, mas é sobre uma amizade. De qualquer forma, você pode enviar para qualquer um que ame.
Visualizações em Junho: 42.


Número 2!

Un Corps - 28 de Junho

Sabe quando você está na rua e vê uma pessoa irresistível? Às vezes você faz amizade com ela e vai adiante, mas o próximo passo de toda amizade minha é um texto. E não é pra muitos que eu arranho o pouco de francês que posso arranhar...
Visualizações em Junho: 44.


Número 1!

Incógnita - 14 de Junho

Sempre que eu leio a primeira frase desse poema, "lidei com tanta coisa difícil", me critico pensando "é mentira", e então lembro de ler a continuação. O verso justifica a mentira, e gosto do poema, mas ele é a maior incógnita também - não faço ideia de onde surgiu a finalização dele, possuo apenas suspeitas - mas como sempre, o que vale é o que você interpreta.
Visualizações em Junho: 48.



E aí? Gostou dos mais vistos do mês? Deixa um comentário e segue as redes sociais, tem poema todo dia e eles são divulgados em todas elas assim que saem!


Até dia 31 de Julho, com mais um Top 5 de Poemas Mais Vistos.
See ya ✌

300

Dois mil e catorze,
ele acha que sabe escrever
e o faz em inglês,
porque talvez
ache que assim ninguém irá saber
mas quem não sabe é ele.

Tira o agá da gaiola,
coloca no banner do blog.
Pouco estilo, muita ambição,
mas quão pouca cara
tem teus poemas de canção.

Dois mil e quinze
e ele tem uma namorada
pra afundá-lo na depressão
e em textos sem afago.

Nomeia essa bagunça
de Café ou Cigarro
e quer dar fim à vida
até descobrir o espírito
ao qual fica acorrentado.

Tenta amar a Flor de Cerejeira,
mas cai na desistência,
como sempre faz.

Chega em dois mil e dezesseis
ainda na futulidade mainstream
num carro roxo neon pra aprender inglês.
Nasce o diário, escapa por um triz
de não fazer as pazes com o passado.

Tudo isso para em dois mil e dezessete
mudar como uma festa quando confete cai do teto
parece que todo ano precisa ser alguém diferente
mas não é isso igual a ser o mesmo de sempre?

Trezentos e aqui não é mais um cinzeiro,
mas o desgosto ainda parece o mesmo,
será que em dois mil e dezoito,
o autor consegue aposentar seu isqueiro?


Em comemoração à 300ª postagem do blog.

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Sou Uma Cômoda

Revisado, originalmente escrito em 03 de Agosto de 2015.

Dói
E sempre vai doer.

Meu cérebro grita
Cansado de se moer
Cansado assim como o teu
Estar sempre cansada de ser.

Não há saída pra mim
Eu fico por aqui
Vou me acostumar
As paredes verdes
O sol sem fim
Tudo diferente
Mas eu me ajeito
Eu sou uma cômoda
Um dia vemos
Que tudo uma hora se torna casa.

Você pode vir me visitar
Com vinho e um buquê
Sempre irá poder retornar
A me perguntar o porquê.

Não há mais saída pra mim
Eu fico por aqui
Posso até me acostumar
As paredes verdes
E o sol sem fim
Tudo diferente...
Não importa,
Porque tudo uma hora se torna casa.

quarta-feira, 28 de junho de 2017

Un Corps

No meu limite de visão, um corpo,
un corps, hm hm.
Beijinho, carinho, um corpo;

Esse caminho é torto,
quanto mais você entra
mais pra voltar é um sufoco.

E é bom ficar repousado
nesse lago de amor
com seu corpo,
un corps, hm hm.

Não é confortável
mas eu não me importo
só quero teu corpo.

Só quero teu corpo,
teu meio em foco
teu torso, meu colo
e o medo torvo
de por um segundo
não ter mais
todo o teu corpo,
et un corps, hm hm,
tout ton corps.

terça-feira, 27 de junho de 2017

Sem Desculpas

Se me amas
como num drama adolescente
saibas que não tens mais idade
para me amares.

Se me queres
como num romance de sebo
saibas que não és tão culta
para me quereres.

Se me desejas
como se num filme adulto
saibas que não te mereço
para me teres.

Se me pensas
em qualquer forma outra
que em sonhos de noite
não me realizarás.

Se tu achas
que terás qualquer notícia minha
outra que meus postais
do longe reino do Sul,
desaches.

Se jamais me tiveres
não nessa vida serias.
E se essa for nossa única,
não me terás jamais.

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Só Se Vê Máscara

E toda essa colagem
de texto de aqui e acolá,
tudo feito depressa
sem tom pra não atrasar;

Um monstro de partes
despedaçadas de tu
dum passado distante
com monstro do lado.

Não tenta me desvendar
se não souber que eu faço
tudo sem paciência.

Não tenta me convencer
de que sou bom em algo
sem me conhecer.

Só tenta me masturbar
lendo meus textos.

É a mesma coisa,
um mar rosa
pra nos saciar.

Ahhhhhhhh!


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domingo, 25 de junho de 2017

Falsos e Verdadeiros

Se eu dissesse que não te amo
eu estaria mentindo.

Poderia falsificar mil quadros
em mil sentidos,
mas seria tua assinatura
a verdadeira dona
da pintura da minha vida.

Estamos juntos
para prevalecer sob inimigos,
amantes até o final.

O que o demônio junta,
nem o demônio pode separar.

Eu posso pintar teu corpo
e podemos desenhar
nossos namorados
durante todo luar.

Poderíamos dizer em qualquer ponto
que já não é mais interessante
estarmos juntos no mesmo canto
depois de todo esse tempo,

Mas se nós disséssemos
que não nos amamos...

Raise Your Hand

Still doesn't matter
Still they don't care
But if you raise your hand
We can, we can

Take a walk around the world
Changing the patterns we're used to see
Put on it a pinch of love
Going around the every place that needs'

Still doesn't matter
Still you don't care
And you haven't ever listened
His voice on claiming

But you've got to go
And take a look in your neighborhood
You've got to save
To save a soul before it's late

You just got to raise your hand
Take a walk to spread his brightness
You don't have to be that selfish now
My love, just follow Michael's glow

Make this a better world
Make him proud looking for us in the skies
Just raise your hand
It's for your own life.


In memoriam
Michael Jackson (1958 - ∞)
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sábado, 24 de junho de 2017

Depois de Você

Depois de você, notei,
sumiram teus textos,
sumiu teu nome,
sumiu teu rosto.

Depois de você, passei a escrever
textos de ouro,
amarrados com couro,
na força bruta.

Tu já não mais escuta,
não tem meu toque
na tua testa.

Já não tens mais ciência
do que me interessa
e se recusa em cisma
aceitar meu abraço.

Depois de quebrar tua promessa,
se foi, parecendo sem volta,
perdida na tua
dessemelhança.

Depois de nós
nasceu em mim
um filho
pintor de quadros
com namorado
fantasioso,
criativo em seu quarto.

Depois de você,
parece que vai,
lá sabe-se como,
dar tudo certo.

Em memória de Tu.

Top 5 Posts do Blog

Dando continuidade a esta postagem (leia se gostar de introduções), continuo a apresentar a contagem de posts mais acessados de todo o blog até agora:


5. Volte Para Casa (5 de Novembro de 2015)


Esse texto foi escrito uns meses depois de um término. O que ele diz não era pra ser literal, mas era o que eu estava sentindo na hora. Fica a dica: quando você está sentindo vontade de fazer algo que não deve, escreva um texto;

DISCLAIMER
O texto Você acabou de subir para o quinto lugar antes da publicação desse top 5. Isso é interessante, porque tem um poema programado pra hoje com o título Depois de Você, se referindo justamente ao primeiro mencionado.


4. Frase: "Se as pessoas pensassem mais sobre os sentimentos dos outros, minha vida seria mais fácil nesse mundo." (8 de Novembro de 2015)


Tem várias frases espalhadas pelo blog, mas não sei porque essa teve tantas visualizações. De qualquer forma, se quiser, leia outras frases clicando aqui.



3. Retorno (11 de Maio de 2017)


Esse foi o aviso que criei quando voltei a usar o blog agora em 2017. Acho legal o fato de ele ser o post mais visualizado de 2017, dá a sensação de que alguém liga (risos).


2. Menos É Mais (13 de Novembro de 2015)


Eu escrevi esse pra Kamy, que era minha ex-namorada naquela época, agora ela é minha melhor amiga (não que tenha deixado de ser ex, mas é mais melhor amiga), e o texto já foi atualizado umas três vezes, mas essa versão original realmente merece estar em segundo lugar.

Versão mais recente: Menos É Mais (08/2016) (ele foi copiado de uma versão de 2016 e re-editado nessa versão de 2017 - longa história)


1. Lamento (13 de Novembro de 2015)


O dia de postagem não é a única semelhança entre o primeiro e o segundo colocados, eles foram escritos para a mesma pessoa... que obsessão (risos).



Comente, mostre pra alguém que você acha que vai gostar, viaje pelas listas intermináveis de arquivo e de marcadores aqui lado e siga as redes sociais para sempre saber quando um poema novo for postado, (Não que você não saiba... dica: todo dia tem poema novo, até mesmo hoje).


Lembrando: Todo dia 30 ou 31 vai ter Top 5 com os posts mais acessados do mês no blog, então não esquece de fazer sua visita pra que tenha algum número contando, né.

Obrigado por passar por aqui,
Vic.

sexta-feira, 23 de junho de 2017

Top 10 Posts do Blog

Daqui há uma semana se completa o primeiro mês com postagens diárias assíduas neste blog e minha comemoração pessoal será criar um segmento no qual todo final de mês eu listarei os posts mais vistos dos últimos trinta ou trinta e um dias. Mas como ainda falta uma semana, separei os posts mais vistos do blog em toda a sua existência como preparação. Seria um bom momento para você conhecer melhor os poemas e seguir as redes sociais (links no final da postagem) ou fazer um comentário, para me apoiar nessa nova fase.

Obs.: basta clicar nos títulos para acessar os poemas.




10: Larissa (26 de Maio de 2017)


Esse poema foi escrito originalmente em 2015, com o título Para uma "amiga"... não lembro exatamente porque eu decidi reviver ele em 2017, mas provavelmente porque gostei quando reli.


9. O Tempo Espera Por Você (2 de Junho de 2017)


Outro que originalmente foi escrito em outro ano, dessa vez 2016, e repostado recentemente. É um dos grandes, mas quando reli gostei muito do clima melancólico e um pouco nostálgico, como se fosse uma música apresentada num acústico quando toda a plateia fica quietinha escutando até o final.


8. Amável Formalidade (19 de Março de 2015)


Esse foi um dos primeiros poemas em português que escrevi com a intenção de fazer se tornar algo mais. Antes dele eu só manteria pra mim mesmo ou mostraria para algumas pessoas. Apesar disso ele não é um dos primeiros que eu postei aqui no blog, provavelmente por não ter achado muito bom quando reli lá em 2015. Também foi meio que uma declaração que iniciou um namoro, mas só o blog durou até hoje...

Ah, e esse poema tem outra versão com algumas alterações: Amável Formalidade v3


7. Um Brinde à Corda (24 de Abril de 2015)


Pesado. Sempre gostei desse título, mais do que do poema, e ele mostra bem o estilo de escrita e a temática que predominavam nos meus textos em 2015 e até hoje eu tenho dificuldade de me desvincular ao escrever.


6. Amori (27 de Setembro de 2015)


Esse eu escrevi com a intenção de fazer ser uma cantiga élfica pra um livro que escrevo há um tempo, mas foi mais por brincadeira. Ele fala coisas interessantes, porém.


Atualização: Top 10 Blog (Parte 2)

Está ficando meio grande (se você discorda, é porque não tá lendo os poemas, e isso não me ajuda querid), então vou continuar amanhã, num novo post, que você pode receber assim que estiver disponível no blog, basta me seguir numa das redes sociais, uma vez que todos os posts do blog são automaticamente compartilhados nelas assim que eu os coloco aqui, ou me visitar de novo qualquer hora. Tem poema todo dia, até mesmo hoje com esse post gigante ocupando espaço aqui.
Obrigado pela visita,
Vic.


P.s.: existem 3 botões no final de toda postagem, gozei, chorei e me cortei, que são as formas de avaliação que eu pensei se encaixarem melhor com a personalidade dos textos em 2015... use-os quando quiser!


P.p.s.: Os botões mencionados acima não devem ser tomados como conselhos.



See ya ✌

Doce do Limão

Chega mais aqui comigo
e fica até o anoitecer.
Não tem nenhum perigo,
juro que minhas palavras
só beiram o morrer
por si próprias, meu amigo.

Não tem beira nesse abismo.

Eu só pinto meu azedo de laranja,
mas sou a parte doce do limão.

Não tem um monstro atrás da minha franja.

Não há o que temer, meu irmão.

Só fica aqui entre as minhas linhas
e se perde tentando achar a borda
que tuas mãos não podem agarrar.

Só fica aqui até não ter mais o que sangrar.

Não há nada a perder, só tua alma
que pode te desviar.

De mim e das minhas palavras.
De mim e dos meus horrores.
De mim e comigo pra sempre.

Fica até perder teus valores
e ser meu pra me esbanjar louvores
e me namorar com três cores
até a gente se matar.

Rosa, amarelo e azul.
Eu sou o doce do limão,
sem sal pra adoçar.

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Outra Chance

O verão, o mormaço,
a companhia de uma boca com bastante carne
e a inspiração de uma personagem das antigas.
Coloridos aqueles cadarços seus
e o florescer de uma paixão antiga que faz doer
o estômago meu.

Eu precisava do apoio da arte antiga do escutar
e do conselho qualquer que acalmasse
ou guiasse o próximo passo
diante dessa outra chance.

Durante esse inverno de ventos de gelo
Nos quais veem pensamentos quentes
Do verão, do mormaço, escorre nos dedos
Mas dor não passa além dos dentes.

Todo inverno dura tanto até congelar
Até a felicidade arremeter
Mas todo inverno dura até o calor chegar
E acaba quando a neve derreter.

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Interrogação

Quem sou eu
Que tento falar a verdade
Prevalece sobre a mentira
De todas as eras
Da antiguidade

O que aconteceu
Com o meu eu
Do passado
Será que foi realojado
Em outro corpo,
Outra realidade

O que foi que houve
Se eu era tão jovem
E tão cheio de vida
Agenda de saídas
Sempre lotadas

O que aconteceu
Com os meus pontos
De interrogação
Será que sumiram
Ou congelaram
No passado
Com meu coração
E nunca mais
Deram as caras
No meu presente

Será que se tornaram ausentes
Como meu ascendente
Porque de tanto tentar
Me matei por dentro
[interrogação]

terça-feira, 20 de junho de 2017

Motivo de Chacota

Eu sou motivo de chacota
por não saber me expressar;
por não querer estudar;
por não saber fazer nada
além de arte na tela.

Eu sou motivo de chacota
pelo tamanho do meu nariz;
pelo tamanho das minhas orelhas;
pelo meu desastrado tamanho
quieto com meu jeito estranho.

Era motivo de chacota
por usar um capuz;
por parecer gay;
por ir bem na escola.

Eu sou motivo de chacota
porque me moldo estranho
no seu mundo de julgo' de fogo
sou um pedaço de estanho
e me calo diante de todos
Nícolas, do grego, "vitória do povo"
vitória deles sobre o meu peso morto.

domingo, 18 de junho de 2017

18

Se sou quem sou
Não poderia viver ou dar a outrem
Tal essência de ser quanto te dou
Porque és para ti que aqui estou

De fato, atrasado para pegar o trem
Como sempre, apaixonado por Tu
Perdido em lembrar de coisa outra
Qualquer que não a nós pertença

Se amasse qualquer um
Não teria diferente sentença:
O tédio, o descaso, pois outra que morra
Só quero a ti.

Assim,
Declaro,
Escrevo a você.
Diretamente,
Sem bordas ou
Com fim.

Rimo, pois te ter
É harmonia
E simpatia
Por esta condição
Que tenho de escrever
E nada mais querer
Além de te ver
A sorrir com o coração
E me ser
Completamente
Invariavelmente
Pessoa minha
Concreta.

Avalia
Este nosso amor,
É digno ele de caber no mundo?
E como não,
Se te adoro?

Te quero, assim por perto
Para o sempre todo
A ti devo meu corpo,
Minha rima,
Minha mente e o espírito,
Toda a minha alma
Faz contorno
Tanto na vida…
Termina em ti

E sorri, pois, contigo,
Somente contigo,
Está feliz.

É nosso namoro que rege meu envolto,
Suplico por mais de ti.
Sempre mais, sem cansar, estou a dispor
E te peço que venha a me abraçar.

Pois é tu,
Tu mesma,
Tu que me mantém confiante
A tentar.

Corajoso para desfrutar alegrias,
Sem fraquejar.
Tu és minha deusa,
Assim como quem sonho cultuar

Qualquer dia
Numa luz fraca de uma tarde esperada
De rimas quebradas
Dum dia de cheio luar.
Eu vou te amar.

Te quero, assim por perto
Para o sempre todo
A ti devo meu corpo
Minha rima,
Minha mente e o espírito
Toda a minha alma
Faz contorno
Toda esta vida…
Termina em ti
No número dezoito.

sábado, 17 de junho de 2017

Pornografia

O sexo às vezes é limpo
Tanto quanto faxina
Feita entre quatro paredes
Ou apenas de quatro

A cinematografia
Encheu minha mente vazia
Da carne macia
Surgiu a fotografia

Mas colei na minha cara
A vergonha que entrou pelos ouvidos
Dos eruditos de calçada
Que demonizam a arte como um mito

A arte barata
De qualidade insensata
A arte vulgar
De gente desqualificada

Entre pela porta da frente
E conheça a verdade
Faça de frente, faça de costas
Mangá japonês, validade

Se deixe sentir falta
Da pornografia escancarada
Das imagens mentais
Da grande arte subestimada

Enquanto julga, canalha
O meu masturbar na tua cara.

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Pra que encarnar?

Eu tenho uma arma
de karma
que dispara contra mim
sempre que tenho
o intento
de me dar um fim.

Este universo não é justo,
eu já tentei argumentar.
Querer achar razão no mundo
pra viver é fútil
uma interminável inútil
guerra, pra que tentar?

Viver,
persistir.
Fugir do meu existir
É sangrar árvore
e me encher de látex
É querer resistir
o irresistível morrer
o fim do arco
da vida continua no córtex.

Pra que encarnar, espírito eu?
Pra que me fazer, Deus do Céu?
Pra que se encarnar, deixa rolar.

Minha máscara de preto
meus olhos brancos
cansados de olhar o que há
o perigo aqui por perto
os braços brandos
me recebem felizes cá.

Será que se vivo essa vida inteira
me deixam nunca mais voltar?
Aí eu poderia fugir por aí,
Peter Pan a voar.
De que maneira?
Se a morte é certeira
o que dizer de reencarnar?

Pra que me encarnar, tão fugaz?
Pra que me fazer, tão incapaz?
Pra que se encarnar, só deixar rolar.

Saudade Ascendente

Eu costumava sair pra dançar
E ter companhia no bar
Gostava de frequentemente
Poder conversar
E exbanjar
Um ascendente prepotente
Que me grudava amigos
Como imãs em geladeiras
Onde ficavam frios

Rir feliz e contente
Saudade, Ascendente
Beijos, calor e dança,
Saudade ascendente

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Me dá um não

No gosto que fica na minha boca
durante o dia
tem tons de todas as poesias.
Desistências
são normais na minha vida.
Não há ousadia
porque não há possibilidade
ou espaço
para se livrar da covardia.

Me dá um não,
mas não compra nada mais
pro meu violão
pois ele já morreu.

Me dá um castigo
uma folga do marasmo
um abraço pra eu usar
de abrigo.

Não me dê presentes
ou palavras confortantes
sou uma criança
inteligente
e sei quando estão
fazendo de conta
que tá tudo bem.

Nada disso vai ir adiante
se eu não levantar
e ir em frente.

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Incógnita

Eu lidei com tanta coisa difícil
fazendo parecer fácil
Eu lidei com tanta coisa simples
fazendo ficar impossível

Eu tanto que já tentei
inegavelmente fugir
Eu que tanto já me peguei
lutando contra evoluir

Que já não sei mais
quem sou
Que já não sei mais
pra onde eu vou

Eu já escrevi tanta poesia
mergulhada em heresia
Eu já pintei tantos sorrisos
com fé nos teus olhos
E já fracassei tanto
já nem sei mais quanto
eu vou continuar levando
a vida como se fosse fogo
tentando queimar tudo
no meu entorno.

Eu tanto que já tentei
inegavelmente fugir
Eu que tanto já me peguei
lutando pra evoluir

Eu já vivi tanta coisa bonita, mas
eu já vivi tanta paixão iludida, mas
eu já tive tanta vitória na vida, mas
eu já revirei toda a escória, mas
você continua a maior incógnita.

terça-feira, 13 de junho de 2017

Sem Vida

Só mais um poema
às quatro e meia
pra não faltar.

Todo santo dia
Tem poesia
Então me visita.

Fuma meu cigarro
Sem medo
Da nicotina

Nicotina
Arte
Victória
Os romanos em chamas
Minha terra
Tua festa
Meu corpo morto
Teu gozo por cima.

Só mais uma hora
Depois eu durmo.

Só mais uma vida
Depois eu escrevo
Ainda tem tempo
Pra Apoc no mundo.

Enquanto isso
Cheira minha coca

Cocaína
Poética
Overdose
Texto sem vida.

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Minha Oração é Meu Cigarro

Pela manhã em jejum
Minha oração é meu cigarro
Pela noite antes do sono
Minha oração é meu cigarro
Pela tarde após o almoço.

Nos momentos de estresse
Minha prece é meu cigarro
Nas alegrias, na emoção
Meu agradecimento é meu cigarro
Nas noites de desespero.

Na lembrança feliz, no esquecimento
Meu provérbio é meu cigarro
Na tristeza, na exaltação
Meu alívio é meu cigarro
Na guerra ou na concentração.

No momento fúnebre
Minha homenagem é meu cigarro
No momento crucial
Minha chave é meu cigarro
No momento da depressão.

Nas horas de lucidez
Minha perdição é meu cigarro
Nas horas de constância
Minha amizade é meu cigarro
Nas horas de todas as horas.

Na minha indecência
Minha libido é meu cigarro
Na minha inocência
Meu pirulito é meu cigarro
Na minha maldade
Meu revolver é meu cigarro
é a roleta russa da vaidade.

No calor ou no frio
Meu alento é meu cigarro
Na pobreza, na prosperidade,
Na inquietação, na caridade,
No masoquismo, na solenidade,
No homem, na mulher,
Na cama, no banheiro,
No hotel, no acampamento,
Na destruição, na saudade
No trabalho, na igreja
Na angústia,
Escrevendo um texto
Acendo um cigarro.

Fogo

Dentro de você
Eu posso sentir forte
É mais que um palpite
Estou à sua mercê

Para todo o sempre
Me põe na conta
Me paga depois

Me leva pra casa
Me assa na brasa
Me come com as mãos
Me recicla no chão

Dentro de você
Rola um romance
Que estranhamente
Eu quero viver

Para todo o sempre
Me prega na tua cruz
Me carrega nas costas

Me põe debaixo da luz
Me usa de aposta
Me perde e corre atrás
Me acha grudado debaixo da bota

E tenha fogo
Pra me queimar
E tenha fogo
Pra me ascender
E tenha fogo
Para me ter
Match

domingo, 11 de junho de 2017

Ar

Existe algum perigo
Na sala de estar
No café amargo
Eu sinto o gosto do caos

Lá fora a rua em silêncio
Me diz que há algo a mais

O vento assovia, maligno,
Te amar dentro do mal
É mais que um exercício,
Uma tortura mental

Quando quer busca exílio
Debaixo da minha asa

Ar
Me falta o ar
Não há lar
Dentro da minha casa

[...]

O teu lado melhor
Se mostra na minha falha
O momento mais desastroso
Só prova o meu ponto
Quando digo estar

Ar
Com falta de ar
Não há lar
Nem conforto

Ouço barulho
Vindo do meu quarto
No meu abuso diário
De dentro do meu próprio ouvido

Mas dizem os santos
Não há cruz que não se possa carregar
Há quem sofre sempre mais
Tem quem perdeu convívio

Mas e quem nunca chegou
A ver rosas nesse mar?

Não vem buscar exílio
Debaixo da minha asa

Ar
Me falta ar
Lar
Não há lar
Dentro da minha casa

sábado, 10 de junho de 2017

Insônia

Se você bebe café e deita
Tenta ser incômodo consigo mesmo
Não respeita nem o sono
Não tem como ser feita tão a esmo
A ação do dormir à noite
Ou seria o senhor o dono
Do crescente impuro sonolento,
Suave e birrento chorar do vento
Que bate na janela fazendo barulho
Até cessar a vontade por alento
E começar a rude caçada pelo violento
Machucar dos meus pensamentos
Voltados ao ouvir o mundo
Que de longe já não mais é seguro
Estar ou sonhar com a manhã
Que já virá em seguida do escuro?
Em perguntas longas como a insônia
Ficamos a esperar, sem clube ou sindicato
Uma nesga de sono para poder descansar
Do ósseo de estar vivo e lutar por comida
A vida se mostra apenas durante a noite
A petulância de ser danada e agoniante
Como realmente é e não se pode perceber
Depois de cada amanhecer quando
Sem querer, mas obrigado vivemos
Mentindo querer estar realmente vivos
E indo a algum lugar que nunca chegaremos
Antes da morte ou de ganhar na loteria
Seria prudente continuar pensando
Ou apenas adormecer fazendo de conta
Quem sabe funciona?

sexta-feira, 9 de junho de 2017

Samba Nº5

Ah, mas é mulher
Ninguém diz que não é
E quem não quer
Ter todo esse poder
De ser quem realmente é
Sem depender de ninguém

Mané homem que manda
Ela sabe o que quer
Sim, é mulher
Minha da cabeça aos pés

De burca, de chapéu
Na praia, na rua
Cabelo contra o céu
De calça ou nua

Ah, mas é mulher
Isso ela é
Não posso negar o valor
Morro em torpor
De te ver ser quem quer
De camisa, santa, feminista
Sutiã, bailarina, que pisa
Na pista, satanista
No Vaticano ou em Ibiza

Ah, mas é mulher
Mané homem que manda
Ela sabe o que ela quer

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Samba Nº4

Tu que se foi, se corrói
Se escapa quando te dói
Não é forte pra nós
Não sou forte sozinho também

Tu que dança como se dançasse sozinha
Na nossa cozinha no hotel
Com todo mundo na volta
Só tapa a cara se te declaram, já te nasce um véu

Não quer usar salto, gosta de abraço e canta
No mercado, no quarto, na cama
Esconde minha vergonha
E cala essa boca

Tua bolha de autoestima
Que só eu vejo e me pisa em cima
Todo teu corpo me engana
Eu acho que é minha, mas é de outro

Tu que se foi, é verdade
Eu só fugi de dizer pra ti
Se não sou forte pra nós
Não somos fortes juntos também

quarta-feira, 7 de junho de 2017

Samba Nº3

Eu chorei velando meu irmão
Que nunca pôde cantar

Eu vivi pra te adotar, violão
Como que nunca cantou, se acabou
Como se não fosse forte, chegou à morte
Me escreve mais uma canção

Eu não sei o que aconteceu
Se nunca cantou, como que se acabou
Quem diria que um dia morreria
E se foi

Ninguém adivinharia que eu
Viveria tanto tempo no meu
Espaço delineado de egoísmo
E sairia do quarto com esse álbum que é seu

Eu chorei velando meu prêmio
Nunca tocou, mas se acabou o violão
Quebrado e imaculado, um gênio
Que morreu honrado com um samba de coração

terça-feira, 6 de junho de 2017

Samba Nº2

Teu sorriso brilhou quando ele chegou
Tuas lágrimas brilharam quando ele te deixou

Uma pena nasceu nas tuas costas
Pretas de sol que se dão nas tuas forças

Uma pena nasceu nas tuas costas
Que carregaram em vão tantas coisas

Mas se não era pra ser não deveria ter sido
Então, que seja, deixa ir esse maldito

Uma pena nasceu nas tuas costas
Nas dele não, então, voa embora

Uma pena nasceu nas tuas costas
Nas tuas costas, seja uma anja

Voa que eu fico olhando daqui
Sem ar sentindo falta de ti e das tuas costas

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Samba Nº1

Ela ascendeu a luz pra dizer
No meio da noite
Meu amor, me dá prazer
De te ter só pra mim

Mas não é bem assim
Meu amor, eu to bem
Infelizmente
Sem você aqui

Ela apareceu na janela
No sol sem chapéu
Pra dizer aquela frase velha
Que evaporou pro céu

A mesma voz que canta
Lindamente o samba
Da moça que diz que me ama
Me cansa, me espanca o humor

Mas não é bem assim
Meu amor, eu to bem
Infelizmente
Sem você aqui

domingo, 4 de junho de 2017

Inferno

Pega o pão que o diabo amassou
E esfrega na cara dos teus inimigos
Mas não se rebaixa sendo maçom
Planta a discórdia entre os amigos

Senta no sofá o dia inteiro
Fuma mil cigarros até morrer
Observado pelo anticristo
Gosta do Inferno, odeia crescer

Faz drama, apanha a vida inteira
Nunca aprendeu a rebater
Grita, esperneia por dentro, sem entender
Por fora que sente o quê

Realista-pessimista-desmotivador
Todos os meus textos são você
Se tivessem revistas de fofoca
Na primeira página estaria você.

sábado, 3 de junho de 2017

Realista-Negativista-Desmotivador

Palavras bonitas não matam a fome
Que você vai sentir
Palácios cheios de espelhos
Não vão refletir
O que há bem dentro de você

Seu pai e sua mãe não irão ler
O que você tem a dizer
E você vai se afogar em si mesmo
Mas quer ser

Tem força no seu ego?
Consegue conviver sozinho
Até os ossos se romperem
E você sentir o desespero

E vai
Pensar que não há rumo
Vai
Perder a fé em tudo

E seus pais irão ignorar você
O mundo não quer saber
Vai se afobar com desespero
Isso, sente a dor, redige a cor do seu sangue
Sente as frases te atormentando, depressivo,
Sem amigos, e então
Escreva algo senão
Escreva algo que não
Seja em vão, e então
Sente as rimas te deixando, aliviado enfim
Mas vai recomeçar,
Solitário, sem destino
Sente as forças te fugindo, morre um dia, sim
Se quer tanto ser
Seja

sexta-feira, 2 de junho de 2017

O Tempo Espera Por Você

Escrito em 22/02/2016

O tempo passa
Ontem eu tinha dez anos
Ontem eu não sabia
Hoje eu tenho vinte
Amanhã trinta e ainda não sei

Eu prometi
Nunca mais olhar você
E perder a postura
Eu conquistei
Tudo que você queria
Tudo por você
Tudo e eu ainda não sei

Tudo de bom que aconteceu
Foi só um sopro de felicidade que alguém me deu
E enquanto o vento dançava
A tempestade se aproximou
E enquanto eu te observava
Todo o meu tempo passou
E enquanto nós dançávamos
Tudo que tínhamos passou
Tudo que tínhamos passou
Tudo que tínhamos passou
Como uma música rápida

O mundo é podre
E eu não descobri isso há pouco
Só prefiro muito,
Muito mais olhar lá fora
E dizer
"Que mundo maravilhoso!"

Mas o mundo é podre
E eu não descobri isso hoje
Só prefiro muito,
Muito mais olhar lá fora
E gritar
"Que mundo lindo."
Só prefiro muito,
Muito mais que reclamar
Desse mundo de bosta.

O tempo passa...

O tempo passa,
Ontem eu era uma criança
Ontem eu tinha inocência
Ontem eu era uma promessa
Hoje eu não sou nada
Ontem eu era um doce
Hoje eu sou amargo
Porque o tempo passa
O tempo passou.

Eu não estava esperando você me visitar
(Nunca mais)
Mas já que veio, porque não senta
E espera o inverno chegar?

Eu não esperava você aparecer
(Nunca mais)
Mas se quis tão, tão cedo
Fique até desaparecer

O inferno que congele
Os pássaros que morram
O céu que caia
Eu só queria você.

Mas o mundo é podre
E eu não descobri isso hoje
Só prefiro muito,
Muito mais olhar lá fora
E gritar por você
"Apareça outra vez.
O mundo não tem beleza,
E as flores são negras
Sem ter alguém pra dizer
Tudo por você..."

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Dual

Que inferno essa vontade de morrer
Em você
Que não cessa, mas Deus me impeça
Vou correr

Meu amor, o teu sabor quero consumir
Mas vou fugir
Então você me caça e a gente casa
Pra você me possuir

Aí a gente fode e se fode infeliz

Ou que tal assim
Você se esconde, eu vou embora
E a gente vive esse inferno de querer morrer
Porque não foi juntos que morremos aqui

Começo

Junho, fim de Gêmeos
Lá vem o Câncer
Nícolas, torce pro Grêmio
Nada contra o Inter
Mas foi ensinado diferente
E é prepotente
Mesmo assim

Vinte anos de idade
Faltam sete
Para o suposto "fim"
Escreve em inglês
Tem mais de cem
Olhos por cima
De textos assim

Estes sinceros
Açucarados
Do passado
Ficam ignorados
E morrem
Cheirando a jasmim.

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