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terça-feira, 24 de março de 2015

Poeta Preguiçoso

Poeta preguiçoso
De que adianta a tua boa rima e estrutura
Se teu texto esvazia a mente
E perturba a alma?

De ti eu quero o sentimento
Mas não a mentira
De ti quero sim o som
Mas não o vacilo ao vento

Não complica a minha cabeça
Escreva com o teu coração
E não edita pra me enlouquecer
Edita pra esclarecer minha leitura

Poeta é cara estranho
Mas não precisa ser elitizado
Se quando vai ler
Ninguém entende

Poeta é cara inteligente
Mas não precisa se achar demais
Se quando recita
Incita o pudor musical

De ti, poeta
Quero boas palavras
Complicas mais básico
Não me enches o saco

Se te compro o livro
E leio esmerado caos do incompreensível tu
 Ora, caro poeta, te queria boa poesia
Assim me obrigas a te mandar ler antes de pensar
Antes de te mandar tomar no cu

Escrevo mesmo como poeta maloqueiro
Escrevo versos despreocupados
Reviso sem complicar pro meu leitor
Me importo mais com a arte do meus isqueiro
Menos com a rima e mais com o conforto
Me importo em transmitir minha dor
E rimar ela com amor

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