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domingo, 8 de outubro de 2017

Análise do Ridículo

Deuses gregos dançando,
bundas do lado.

Ainda há esperança no funk,
ainda encontro amante
antes do fim
da próxima noite.

Cinco esquemas
e eu quase um edema,
uma ameba sem molejo,
uma lagartixa.

Corpos ébrios,
bundas a rebolar.
Flertam com meus cabelos
mas não querem me provar.

Sem álcool não tem como se lançar
no ridículo,
mas se você parar pra pensar,
mais ridículo
era eu lá no canto,
sem sequer um canto.
Voltei sem contos pra contar.

Mas ainda tem esperança no funk,
ainda tem carne nas maçãs saborosas
na visão que tenho do limiar.

Ainda existe samba pra eu cantar,
e ainda vem alguém pra escutar.

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