Eu fui
tolo incessantemente.
Tomei
pra mim essa aura carente.
Não sei,
não soube quem fui ante-ontem.
Lutei
contra saber
Mas eu sou
eu mesmo em pele, alma e osso.
Não posso negar,
não posso fugir...
Eu fui
depressão, água com pão,
eu tomei
tudo aquilo que parecia poder
curar meu coração.
Eu tentei
com espada em punho,
com fogo e barulho
espantar meu eu de mim.
Mas eu sou
anarquista espírita vivo,
eu vivo a negar
mas não posso fugir.
Eu sou
feminista pansex e tudo,
em mim vive um mundo
e em você também.