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terça-feira, 11 de julho de 2017

Procura-se Emprego

Debocha da minha poesia
no bater da maresia
assistindo o amanhecer.

Quase que eu não fui feliz
antes de tentar,
mais uma vez.

Planta vinte e uma sementes
pra nascerem frutos
quem sabe, talvez.

Corre lá e cá, entrementes,
água pra não desidratar,
as raízes uma ou três.

Ah, mas volta pra casa
e quem não sabe
que a flor sempre irá murchar.

Você não sabe de nada,
Rei-Sol, assim não vale,
me deixa brilhar.

Dores no tronco fraco,
será que vai tombar.

Sempre me foge o sono
quando brilha o luar.

A lua é de sangue
pra me desmotivar.

Não gosto do vermelho,
minha horta é rosa pra rosas desabrochar.

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