Debocha da minha poesia
no bater da maresia
assistindo o amanhecer.
Quase que eu não fui feliz
antes de tentar,
mais uma vez.
Planta vinte e uma sementes
pra nascerem frutos
quem sabe, talvez.
Corre lá e cá, entrementes,
água pra não desidratar,
as raízes uma ou três.
Ah, mas volta pra casa
e quem não sabe
que a flor sempre irá murchar.
Você não sabe de nada,
Rei-Sol, assim não vale,
me deixa brilhar.
Dores no tronco fraco,
será que vai tombar.
Sempre me foge o sono
quando brilha o luar.
A lua é de sangue
pra me desmotivar.
Não gosto do vermelho,
minha horta é rosa pra rosas desabrochar.