Ao novo ponto de ignição
Nossa vida entra em desespero
No dia mais inócuo da relação
O vidro se espatifa em mil
Entre os dedos da minha mão
Não há nenhuma solução.
Tu pusestes açúcar
Numa outra ocasião
Notastes aos dez medos que dissera
O homem sem aparente razão
E em minhas vãs tardes de esforço
Fizestes o favor de enterrar miséria
Em cada passo que damos agora
Andamos em direção ao posso
E não há mais nem um pedaço de amor
Ou há?
Esfria o chá
E novamente se faz a inglória passeata
Entre espinhos e saliências
Se enerva o presunto
Mas a fé sempre se mantém intacta
Pergunte-se o porquê.
Vire-se e encare sem ter motivo,
Mas não te descanses
Não voltes sem sentido
Precisamos continuar e se não houver fertilizante
Replantamos.
Reinstalamos amor em nossos poros.