De vez em quando tu voltas,
Sanidade.
De vez em quando me dominas
A saudade.
Me vem à cabeça quanta conta deixei a pagar
Deixando-te ao fundo do mar nos pesos da praga
A praga encarnada do amor que não se vai
Me desculpas pela loucura na qual te deixei
Me desculpas por não voltar na sanidade,
E deixar o karma acumular em cada segundo de dor
Eu sinto a mesma, e não sinto nenhuma,
Tu conheces minha lua.
Me desculpas pela loucura que te apresentei
Se não deixaria ela enlouquecer nós dois
A lágrima agora escorre
O tempo nos veste armaduras
Mas nunca esquecemos
O tempo nos veste armaduras
Mas mesmo sendo Gêmeos
Dói porque nunca esqueço
Meus passos criam fios imaginários
Quais estão amarrados à minha razão
Qual não existe em tempo algum
Afinal de contas, sempre torno a tropeçar
Nos cordões confusos que desenho à frente
Eu escolho meu destino em meu passado
A começar, a terminar,
Destino, te escolho sempre da pior maneira
Tanto que abandono
Tantos cheiros...
Tantos colos...
Tantas facas cravadas em quem amo
E carinhos no semblante dos que odeio.
Tanta insanidade,
Tenho nostalgia.
Tenho sanidade
Quando me tomo por agonia.
A vida é a totalidade dos nossos absurdos,
Então não nos encontremos nunca mais
E ambos continuem a chorar, surdos para a razão
Surdos a esfaquear nossos corações
Mudos a engolir nossas maldições
Cegos a afastar cada beijo
Com os corações sendo banhados de prata
Para que nada nunca mais adentre
Para que nada nunca mais o sinta
Tanto que tanto sentistes vês que não mais sentes tal hora
E o tempo, amor, o tempo deixa que ele ventes.