É chegado o momento do drama do dia-sim, dia-não.
E eu aqui preocupado com a brilhante chegada da lua-cheia,
E tu aí, ignorante das minhas preocupações.
Vem de novo com teu drama mal pensado e tuas facas já tão sujas
Os fios de nossas conexões não aguentam mais os esparadrapos.
Ó, amor, se me amas, porque não me convéns?
Se me amas, porque não me entretém?
Se me amas, porque não acordas e deixa-nos viver em paz?
Se tanto me amas e do que eu mais, porque fastes de tanto,
No momento da intriga pões tuas chantagens,
E da reconciliação não te desculpas, nada fazes,
E porque tão pouco nos alimenta a alma,
Porque tanto desfazes? Porque tanto brigas?
Que tanto que se distrai?
Se ainda houvesse alguém para trair-te,
Ou alguém para lhe largar por qualquer motivo,
Tens quem te ama e cuida, e prometes guerra ao desconhecido
"Se não me vens, desfaço nossos vínculos."
Mesmo quando ameaças, te entendo, te satisfaço.
Mas quando torna a mim a necessidade de algo,
Me acolha e guarde, e não me ataque argumentos toscos
Enganastes se pensas que sou um palhaço.
Quando um não quer, dois não fazem...
Quando um quer e força o outro,
Dois não fazem, ou ambos se desfazem.
Que assim seja a regra, que assim se faça a paz,
Ou que assim se institua a guerra...
Se não queres um nem outro, pra mim tanto faz.