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domingo, 5 de julho de 2015

Marlboro

Em casa, sem juízo, cheio de tesão
O mundo gira em vão, eu sei
Todo mundo quer ganhar
A roda da fortuna não favorece ninguém
E todo mundo é gay
E todo mundo quer se safar
Mas a roda da fortuna só para em quem estiver disposto a apanhar

Eu vou ficar em casa, sem juízo,
Que se acumule o tesão
Vou ascender meu Marlboro e assistir Kill Bill pela milésima vez
Não importa o quão é cedo
Sempre dá tempo de lembrar o que foi que você fez
E a liberdade está descrita como a soltura de todas as prisões
Eu vou escrever quantos refrões forem necessários,
Seja lá pra onde formos
Marlboro vou comprar
Os vícios são diários
E não tem como escapar mais...
A vontade se foi pra sempre
Nunca mais

E eu vou ficar em casa sem juízo
Que se acumule a sujeira e as baganas de cigarro
Que se acumulem os banhos não tomados
E todos os sonhos afogados bem fundo e sem volta
Que se crucifiquem os anjos de minha guarda
Com tantas blasfêmias pintadas na parede
Com uma rede pendurada e um baseado aceso
Só mais cigarro antes e depois
E um copo de coca
A parede já não é mais verde
Vermelho sangue nº 2

Seja lá o que eu vá fazer
Eu vou ter de ter
No começo do meu dia
Pro resto da minha vida
Marlboro pra valer dessa vez
Não se preocupe,
Pois eu não vou mais me esquecer.

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