Na noite de desabafar para as paredes
O porque eu estava triste.
Na noite de desabar entre as cobertas
Porque eu estava ficando doente.
Na noite de desencadear as correntes
De dessabor por estar carente.
Na noite de destroçar a serpente,
A esforço puro da mente.
Eu não devo explicações nem a Deus
Do porquê eu não choro.
Eu não devo explicações nem a Deus
Do porquê eu não volto.
Eu não devo explicações nem a Deus
Do porquê eu não morro.
Eu não devo explicações,
De porquê eu sei, do porquê eu faço,
De porquê tenho em mente
Tanta certeza de que tudo está certo.
Eu não preciso saber teu sofrimento
Pra saber que ele acaba.
Eu não preciso saber tua nostalgia
Pra saber que ela é não é cabida.
Eu não preciso saber tua reclamação
Pra saber que é perda de tempo.
Eu não preciso secar teu choro
Pra saber que ele é de coração.
Eu não preciso te acariciar
Pra saber que tudo nesse mundo
Sendo a tormenta de tão dentro ou tão de fora,
Está predestinada a passar.
Eu não devo explicações nem a Deus
De que eu sei que ele sabe de tudo
E que nem sequer uma folha cai da árvore
Sem ter contribuição ao mundo.