quinta-feira, 31 de agosto de 2017
Artista
que talento reprimido.
Continua escrevendo histórias
e faz um relatório resumido.
Todo dia, me diz, o que é que você faz?
Canta, dança, escreve e faz poesia?
Nenhum dia eu vi você fazendo isso.
Trabalhando e reclamando da maresia
do sangue dançando e doendo
debaixo da sua pele fraca,
embaixo da sua cabeça confusa pacas.
Desenha e cria, todo dia, meu amigo?
De que tipo de loucuras você é capaz?
Rapaz, sai de perto desse pensamento nada esperto
de querer se livrar dos seus problemas.
Corre pra cá, corre pra lá,
mas o que te mata por dentro,
você não é capaz de matar.
Continue a compartilhar.
Você é um artista, meu amigo,
muito antigo, é verdade.
Mas é tão fugaz
querer apenas liberdade.
terça-feira, 29 de agosto de 2017
Foragida
segunda-feira, 28 de agosto de 2017
Needs
Those shoes down my feet
Looking for some place to sit down
But please daddy don’t frown
No one wants someone like this
Someone like me around
But this is what we all need
Someone to support
Some guts of steal
Making some effort
To stand still
How to make a vow
And keep on it
However the bounds
And borders found
How can we run the town
Isn’t it in what are based all of our needs
Someone to lay on
With a chest of bread and weeds
How do we keep on
And stand still?
domingo, 27 de agosto de 2017
Correnteza
o mesmo dia, talvez
se crie melodia,
mas fica mais difícil toda vez.
A prática leva à perfeição,
mas eu fico cada noite
ainda mais sem chão,
sabendo que outro dia traz após a manhã
outro dia de açoite.
As tardes lentas sem um maço de cigarro,
talvez fosse melhor ter aprendido
antes de ter sido esculpido do barro
como nada além de um fodido.
Corre o rio do destino.
Corre o povo antes do canto do hino.
Corre Vic, corre pra longe pois a multidão está vindo.
sexta-feira, 25 de agosto de 2017
Vic Desprezo
espelho de seu inimigo.
O cara dos textos,
que sai na chuva sem abrigo.
Sai pro trabalho,
pra batalha de ego,
nas mentiras sem teto
me desdizem o mérito.
Mas eu mereço
de tudo um pouco,
mesmo sem ter feito
nenhum esforço
porque aqui dentro,
escondido em meu torso,
estardalhaça um vento
querendo dar aos outros
o prazer do gozo.
Vic Desprezo,
o garoto sem rosto,
burro e lento.
É assim que é visto,
não importa o que eu vejo.
Tontura
cobrindo meus olhos com lágrimas.
Ariando minha raça curvado pra parede rosa,
tantos poemas, nenhuma dádiva.
A difícil realidade
de todos a minha volta.
É estranho ver neles
normalidade,
mas ali está,
lhes fazendo escolta,
no expediente sem fim,
sem prestar contas a mim.
O olhar complexado,
superior que é inferior,
com medo de ser taxado
do que é, com terror,
com medo de mal olhado,
medo de morrer na praia,
medo de ser pra sempre
nada mais que um desgraçado.
E a tontura sem álcool
não satisfaz sequer no momento,
só serviu pra mostrar para algo
o caminho errado do lamento
até transbordar como de um lago
olhos afora sem nenhum alento
e rondado de cadeados,
sem espelho pra dizer que meu rosto
não era só um vergonhoso sombreado...
Mas está acabado.
Como na folga de um buraco,
minha cabeça se enterra,
sem pedir por afago.
segunda-feira, 21 de agosto de 2017
Arrogância
Hoje me contaram
que há em mim rispidez
espinhos que machucam
escondendo o pequinês.
Talvez se minha altura
tivesse de centímetros escassez
e nos meus olhos
a cor lilás que pedi aos céus...
Mas arrogância,
já haviam me dito,
é em mim uma fragrância:
forte e intrínseca,
apesar dos banhos.
Talvez se meu cabelo
pudesse cobrir meu rosto,
escondido e com medo,
eu fosse visto belo,
sem todo o resto.
Mas águas emergem
dentro de todo gêiser
e neste florescem
no entorno, nas bordas,
com água quente
flores pintadas a laser.
E assim como o 12
sobre os meus pulsos,
palavras marcam em rosé
na minha aura ensinamentos avulsos
que não serão esquecidos
após as onze.
domingo, 20 de agosto de 2017
Um Dia De Cada Vez
demorados,
parecendo ao revés.
Dormindo
pra esquecer o stress.
Fechando os olhos.
Abrindo os olhos,
tossindo.
Pega o ônibus,
contando moedas.
Lá no trabalho,
sobram cédulas.
Ante a loucura
clientela incrédula.
Fechando os olhos,
sou apenas eu
fugindo.
Saudade das páginas,
saudade da máquina,
saudade dos ossos sem dores
e amores sem responsabilidade.
Mas vivendo um dia de cada vez
apesar de qualquer talvez.
quinta-feira, 17 de agosto de 2017
Café Morno
está sendo escrito
a história,
desde o seu início.
Nesse cérebro falhado
cheio de responsabilidades,
está se dividindo
dois caminhos:
morte ou imortalidade.
Está vindo
no horizonte distante
(des)Esperança
pra servir de adorno
na minha estante.
E o café morno
me leva adiante.
E a realidade turva
me deixa pronto
pra voltar pra casa.
sábado, 12 de agosto de 2017
Segundo Dia
Segundo dia de
tentar ser
tudo aqui aquilo que
nunca se quis,
mas acabou por acontecer.
Quem sabe um dia
aconteçam os sonhos,
por que alguém diria
que eu no final seria
louco?
Talvez seja a sinfonia
da minha vida
como a de todos os outros:
Morre aos poucos com tudo,
luta com força com pouco.
sexta-feira, 11 de agosto de 2017
Cântico Ébrio
as suas mesmas músicas?
Até parece que não tem o que falar
quando de mim se despluga...
Já não tem mais lados
nesse teu disco arranhado
pra poder virar.
Já nem mais tem espaço
pra riscar...
Até quando você vai ficar
escondida no poço?
Até quando você vai contar
essa mentira esboço?
Ninguém nunca vai te acreditar,
sabemos que você não caiu.
Vamos logo aprender a dançar
e dançar na beira do rio...
Deixa pra trás esse cântico
e essa palavra que espalha tão vil,
deixa o espírito crescer cândido
pra conhecer do mundo maravilhas mil...
quinta-feira, 10 de agosto de 2017
sem neXO
é isso mesmo
que você quer Ser?
essa coisa sem neXO
vagando a Esmo
não olha os grandes
tem sonhos pequenos
que COISA sem neXO
parece um aneXO
grampearam errado
amassado e do avesso
da cegonha ao berço
não parecia certo
quem foi que te enviou?
será que é
será que foi
quando Nirvana chegou
que eu fiquei fodido
ou será que é?
ou será que foi?
¿eu Perdido
que Nirvana encontrou?
que TROÇO sem nexo
1acento circunflexo
em formato convexo
coroando as letras
de sílabas 💯 seu som
uma dor na uretra
um Cantor Fora Do Tom.
quarta-feira, 9 de agosto de 2017
O Seu Único Defeito
Mal achei tempo pra notar que tudo era perfeito
Agora depois de tudo é que eu consigo ver
A verdade é que eu era o seu único defeito
Eu com o meu ego,
Você com seus talentos.
Mal achei tempo pra notar que tudo era perfeito
Agora depois de tudo é que eu consigo ver
A verdade é que eu era o seu único defeito.
terça-feira, 8 de agosto de 2017
Escape
Vê o vento ventar?
Cai a chuva
Não aguento esperar
Mas algum dia
Há de se sanar
Como melodia
Hei de me safar
Pra poder continuar
E acabar com a própria vida
Como gota desmorona
Se atira do céu e no chão cai e seca
Não há flor que dure
Por mais de século
Não há sentido imune
Ao fim dos tempos
Olha lá pra rua
Vê o tempo cansar
Você nua
Não evito de olhar
Mas algum dia
Há de se parar
O sofrimento
Essa agonia
Do nunca chegar
Eu vou correr
E vou colher
Tudo que plantei
E o nada que herdarei
Quando perder tudo
Eu vou correr
E vou alcançar
Alguma coisa mórbida
E fria no fim do dia
No último dia da minha vida
Mas algum dia
Hão de sarar
Minhas feridas
Hei de escapar...
Sempre
Hoje tinha que ser assim triste
Pois já não há nenhuma chance
Uma vez que ninguém pisa antes
De que esteja morto para sempre.
Num milhão de anos longe
Parecia que você já estava aqui.
E do nada o baque estonteante
Da queda de mais um gigante.
Eu não sei quantos anos esse dia vai levar
Pra conseguir acreditar que isso foi verdade.
Nem sei se depois vou poder sorrir
Mas sei que levo tua roupa junto da tua bondade.
Daqui pra frente
Terei você em mente pra ser melhor
Você deixou suas sementes
E as regou com o próprio suor
Daqui pra frente
Terei você presente diante do pior
Sei que vai ser impressionante
Na lembrança do seu rosto
Pintado na minha visão pra sempre.
domingo, 6 de agosto de 2017
Porquês da Noite
Por que toda noite é tão depressiva?
Por que toda noite não é bem dormida?
Por que toda noite é mal recebida?
Porque toda noite é poluída.
Por que toda noite é reprimida?
Por que toda noite não é descontraída?
Por que toda noite é mal investida?
Porque toda noite é maldita.
Por que toda noite é vestida?
Por que toda noite é infinita?
Por que toda noite é falida?
Porque toda noite é uma caída.
Porque toda noite é bandida.
Porque toda noite é sem saída.
Porque toda noite é pra sempre
Sem nenhuma garantia
Porque toda noite é escura
E completamente vazia.
Por que toda noite é ressentida?
E toda noite demora a ser varrida,
Porque toda noite é inimiga
E toda noite demora a ser vencida.
Por que toda a noite está sem vida?
Toda noite é tão antiga.
Por que toda noite é desconhecida?
Por que a noite é assim?
Porque toda noite é sempre maligna.
sábado, 5 de agosto de 2017
Música & Poesia
Eu me aconchego nela
Com meu edredom.
Sou seu sentinela.
Música,
Poesia.
Eu faço isso todo dia,
Me alimento com cortesia.
Música também é poesia,
Poesia...
Cheio de estalos na língua,
A garganta arranhando o som.
Uma arte tão ambígua
Andando comigo vestindo meu moletom.
Música,
Poesia.
Minhas melhores amigas
Fazendo barulhos,
Trazendo alegria,
Cessando ânsias, graves e agudos,
Diários de bordo, meu tudo
De todo dia
Que tem poesia
Que também é
Música.
sexta-feira, 4 de agosto de 2017
Açúcar
quinta-feira, 3 de agosto de 2017
Dentes
Como de água para etanol
Uma transformação sem precedentes
Me estraga até a alma
Os pulmões, a garganta,
Até as gargalhadas
Eu mereço uma salva de palmas
Eu lembro do tempo
Incontavelmente antes
Com protagonistas
Que agora são coadjuvantes
A dor dos meus dentes
Não se compara ao estrago
Que até a alma se estende
Não existe reparo
Pra dor dos meus dentes
Mas eu nunca me esqueço do tempo
Dos medos dos sabores viciantes
Da saúde que corria ao vento
Incontavelmente antes
Me decepo até o centro
Não há saudade do controle atento
Daquele tempo
Até os estragos sem precedentes
Me tiraram de vez do meu berço
Aonde quer que eu vá e leve meu terço
Segue junto o meu maço
E acendo meus cigarros
E é claro, há dor nos meus dentes.
Predição
e repousarem sem vida caídas da árvore da vida no outono
será tempo de rosas negras nascerem no inverno
e o inferno chegará a esta terra.
Ainda antes da primavera um novo rei será coroado;
e seus espinhos irão ferir a nação.
Ainda antes do fim de uma quarta próxima estação;
com seus próprios espinhos morrerá sufocado.
quarta-feira, 2 de agosto de 2017
Tudo Que Conseguimos Até Hoje
um dia possa acabar.
É verdade que tudo que conseguimos
há de perecer.
Mas nada pode nos abalar,
se com o seu coração está o pensamento
singelo e amarelo de esperança
de que vale mais aproveitar o momento;
Todo mundo vai, é verdade, com o tempo,
no seu dado instante desaparecer.
Isso não significa que sejamos areia
que se perde pra sempre no deserto;
O amor não é um laço invisível que nos une?
Então eu estou certo se afirmo que não somos
areia que se perde no deserto,
enquanto o vento afasta ela pra longe,
nossos laços nos puxam mais pra perto.
Já passamos por essa bifurcação outras vezes.
Tá na cara que uma hora acaba, mas
quem é que quer viver evitando o final da festa?
Só chega mais, talvez o fim se afaste de nós.
terça-feira, 1 de agosto de 2017
Subitamente
Alguém me apareça
Com uma razão pra viver
Um abraço que aqueça
Por favor
Alguém na minha frente
Com algum amor
Subitamente
Não elabore todo um plano
Se com uma palavra já nos alegramos
Imagina um 'eu te amo'
É tudo o que faz falta
Num mundo baseado no mercado
O amor tá em alta
Quando nada faz sentido
Por que é tão bom?
E por que não?
Procura-se um motivo pra ter força
Sobre qualquer pressão
Apareça
Faça e aconteça
Algo pelo quê tentar
Algo pelo quê continuar
Nas ruas
Tantos sorrisos preenchendo bochechas
Pessoas
Saindo dos cantos sem se queixar
Cabeças
Baixas sem ombros em quais deitar
Por favor
Alguém se cruze
E faça ser filme de chorar
Use e abuse
Por favor
Encontre na sua mente
De ficar em casa um horror
Pra sair e topar comigo
Subitamente
MAIS VISTOS DE JULHO
Olar!
Número 5!
Número 4!
Número 3!
Número 2!
Número 1!
Obrigado pela sua visita, e todo dia tem poemas novos, seja bem-vindo!
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