Dois mil e catorze,
ele acha que sabe escrever
e o faz em inglês,
porque talvez
ache que assim ninguém irá saber
mas quem não sabe é ele.
Tira o agá da gaiola,
coloca no banner do blog.
Pouco estilo, muita ambição,
mas quão pouca cara
tem teus poemas de canção.
Dois mil e quinze
e ele tem uma namorada
pra afundá-lo na depressão
e em textos sem afago.
Nomeia essa bagunça
de Café ou Cigarro
e quer dar fim à vida
até descobrir o espírito
ao qual fica acorrentado.
Tenta amar a Flor de Cerejeira,
mas cai na desistência,
como sempre faz.
Chega em dois mil e dezesseis
ainda na futulidade mainstream
num carro roxo neon pra aprender inglês.
Nasce o diário, escapa por um triz
de não fazer as pazes com o passado.
Tudo isso para em dois mil e dezessete
mudar como uma festa quando confete cai do teto
parece que todo ano precisa ser alguém diferente
mas não é isso igual a ser o mesmo de sempre?
Trezentos e aqui não é mais um cinzeiro,
mas o desgosto ainda parece o mesmo,
será que em dois mil e dezoito,
o autor consegue aposentar seu isqueiro?
Em comemoração à 300ª postagem do blog.