Tem óleo na água
saindo do chuveiro,
acusam as bolhas.
Líquido nojento
pra eu beber;
um par de peitos
suculentos.
Eu vou enlouquecer,
já não aguento
meu próprio ser.
Todos os meus poros
suam ardendo,
azeitando meu cabelo,
pra refletir o asco
no meu rosto no espelho.
Um lápis de olho,
um banho lento,
tentativas inúteis
de me limpar,
pois estou sujo
por dentro.